Tofu é
popularmente chamado de “queijo de soja” e não contém colesterol, nem glúten,
nem lactose, nem proteína de leite de vaca, e é baixíssimo em gordura
saturada. É o único alimento vegetal que contém os 8 aminoácidos essenciais.
São boas fontes de fibras, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B.
A
proteína da soja, no geral, é divulgado na mídia como “substitutos saudáveis
aos de origem animal”, mas segundo dados científicos, estes podem ter efeitos
bons ou maus, a depender da forma em que sejam ingeridos, da quantidade, e do
indivíduo que os consome. A soja contém uma proteína altamente alergênica (sim,
como a proteína do leite, ela também é alergênica, viu?!), grandes
concentrações de fitatos (substâncias que inibem a absorção de nutrientes) e
fitoestoestrógenos, que são compostos capazes de se ligarem aos receptores dos
hormônios femininos, mas com ação mais fraca.
Existem situações que vem sendo estudadas na literatura onde a ação de
fitoestoestrógenos pode ser benéfica, como em menopausa e osteoporose. E
outras, em que esta traz efeitos indesejáveis, como puberdade precoce em
meninas e ginecomastia em meninos. Consumido de forma exacerbada, soja e seus
subprodutos podem ter impacto negativo no funcionamento da tireoide. Alimentos
à base de soja floculados (como o tofu) ou fermentados (como o missô, shoyo,
natô e tempeh) são mais interessantes, pois possuem menor teor de fatores
antinutricionais, e no caso dos fermentados, menor potencial alergênico da
proteína.
A
“segunda geração da soja” inclui produtos que foram extraídos usando processos
químicos e outras formas de extração, como a proteina isolada de soja, farinha
de soja e a proteina texturizada de soja (PTS). E são usados muitas vezes em
alimentos industrializados como hamburgueres vegetarianos, fórmulas infantis e
suplementos nutricionais. Apesar de algumas pesquisas superestimarem a
quantidade de soja consumida por asiáticos, há evidências cumulativas de
trabalhos confirmando que a dieta deles contem maior quantidade de isoflavonas
e lignanas (outro tipo de fitoestrógeno) quando comparado á dietas ocidentais.
Estudos também mostram que, quando os orientais imigram para o ocidente, como
aos Estados Unidos, e acabam adotando uma dieta mais ocidental, a taxa de doenças
nesse público aumenta. Enfim, há prós e contras quanto ao consumo de soja na
dieta.
Eu
como tofu de vez em quando, e também coloco de maneira ponderada na dieta de
meus clientes, até mesmo dos vegetarianos. Sempre dou preferência à soja
fermentada, como missô e tempeh, e não estimulo o consumo de proteína
texturizada de soja. Reforço que equilíbrio deve ser a base de tudo: na dieta,
nos suplementos, nos treinos, na vida.
Texto
elaborado por: Priscila
Di Ciero
Nutricionista
formada em 2001, sou pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional e
estou em formação para obtenção da certificação do Functional Medicine
Institute (USA). Sou self e professional Coach formada pelo
IBC e certificada pelo Internacional Society of Sports Nutrition (USA).
Atualmente curso pós-graduação em Fitoterapia e atendo em consultório
particular na zona sul de São Paulo (SP).
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por
atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas,
psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente,
para seu conhecimento.
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