sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Tofu


Tofu é popularmente chamado de “queijo de soja” e não contém colesterol, nem glúten, nem lactose, nem proteína de leite de vaca,  e é baixíssimo em gordura saturada. É o único alimento vegetal que contém os 8 aminoácidos essenciais. São boas fontes de fibras, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B.

A proteína da soja, no geral, é divulgado na mídia como “substitutos saudáveis aos de origem animal”, mas segundo dados científicos, estes podem ter efeitos bons ou maus, a depender da forma em que sejam ingeridos, da quantidade, e do indivíduo que os consome. A soja contém uma proteína altamente alergênica (sim, como a proteína do leite, ela também é alergênica, viu?!), grandes concentrações de fitatos (substâncias que inibem a absorção de nutrientes) e fitoestoestrógenos, que são compostos capazes de se ligarem aos receptores dos hormônios femininos, mas com ação mais fraca. 

Existem situações que vem sendo estudadas na literatura onde a ação de fitoestoestrógenos pode ser benéfica, como em menopausa e osteoporose. E outras, em que esta traz efeitos indesejáveis, como puberdade precoce em meninas e ginecomastia em meninos. Consumido de forma exacerbada, soja e seus subprodutos podem ter impacto negativo no funcionamento da tireoide. Alimentos à base de soja floculados (como o tofu) ou fermentados (como o missô, shoyo, natô e tempeh) são mais interessantes, pois possuem menor teor de fatores antinutricionais, e no caso dos fermentados, menor potencial alergênico da proteína. 

A “segunda geração da soja” inclui produtos que foram extraídos usando processos químicos e outras formas de extração, como a proteina isolada de soja, farinha de soja e a proteina texturizada de soja (PTS). E são usados muitas vezes em alimentos industrializados como hamburgueres vegetarianos, fórmulas infantis e suplementos nutricionais. Apesar de algumas pesquisas superestimarem a quantidade de soja consumida por asiáticos, há evidências cumulativas de trabalhos confirmando que a dieta deles contem maior quantidade de isoflavonas e lignanas (outro tipo de fitoestrógeno) quando comparado á dietas ocidentais. Estudos também mostram que, quando os orientais imigram para o ocidente, como aos Estados Unidos, e acabam adotando uma dieta mais ocidental, a taxa de doenças nesse público aumenta. Enfim, há prós e contras quanto ao consumo de soja na dieta.

Eu como tofu de vez em quando, e também coloco de maneira ponderada na dieta de meus clientes, até mesmo dos vegetarianos. Sempre dou preferência à soja fermentada, como missô e tempeh, e não estimulo o consumo de proteína texturizada de soja. Reforço que equilíbrio deve ser a base de tudo: na dieta, nos suplementos, nos treinos, na vida. 

Texto elaborado por: Priscila Di Ciero

Nutricionista formada em 2001, sou pós-graduada em Nutrição Esportiva Funcional e estou em formação para obtenção da certificação do Functional Medicine Institute (USA). Sou self e professional Coach formada pelo IBC e certificada pelo Internacional Society of Sports Nutrition (USA). Atualmente curso pós-graduação em Fitoterapia e atendo em consultório particular na zona sul de São Paulo (SP).

 As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.


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