domingo, 8 de novembro de 2020

Seletividade Alimentar Infantil

 


“Socorro, meu filho não quer comer!” quantas vezes nutricionistas ouvem essa queixa no consultório? A reclamação diz respeito à ingestão de legumes, que muitas crianças rejeitam à primeira vista.

Uma pesquisa feita pelo Current Nutritional Report mostrou que estilos autoritários e “mandões” adotados pelos pais comprometem a alimentação dos filhos.

O estudo também mostrou que estilos de alimentação sem controle algum têm sido associados a comportamentos problemáticos e a um maior peso nas crianças. Mas para ter o meio termo entre o controle e a liberdade de escolha nos pratos infantis, o grande segredo é começar compondo um prato saudável colorido, pois quanto mais cores, maior a variedade de nutrientes.

Para fazer a criança comer bem, o ideal é começar lá na introdução alimentar aos seis meses. Nesse período, deve-se incluir toda a variedade de alimentos saudáveis que existe e, em especial, ser o exemplo para a criança.

Uma comida boa para a criançada é composta por alimentos que atendam por completo toda a necessidade nutricional infantil durante o crescimento e o desenvolvimento. A criança, por sinal, não é e não deve ser tratada como um adulto pequeno: a alimentação das crianças precisa ser específica para essa fase da vida.

Por exemplo, durante primeiro ano de vida, o bebê triplica seu peso desde o nascimento, duplica o comprimento e diariamente ganha mais de 1 grama de massa cerebral para acompanhar todos os processos de desenvolvimento que são tão intensos nessa fase.

E é a nutrição é que possibilita o organismo a alcançar todo seu potencial desde o nascimento até o final da adolescência onde se completa o crescimento linear e desenvolvimento. Assim, a escolha dos alimentos certos para as crianças deve levar em consideração a variedade, fugindo na monotonia alimentar, tão comum na infância.

Quanto mais variado os tipos e as fontes de alimentos oferecidas aos pequenos, melhor será o hábito alimentar deles no futuro. Como exemplo, ofereça a cada dia um tipo de fruta diferente, para fugir da mesmice da banana e da maçã. O mesmo pode ser aplicado para outros ingredientes. Mais um ponto fundamental na alimentação das crianças é se atentar à quantidade de alimento oferecida.

Também é preciso avaliar o quesito qualidade da comida em cada refeição, dia após dia. A criança ainda não tem um repertório cognitivo para ter autonomia na escolha de seus próprios alimentos, por isso o adulto responsável precisa planejar o cardápio para possibilitar um ambiente saudável e de qualidade nutricional elevada.

A escolha dos alimentos como vegetais frescos, frutas da época, cereais, carnes, ovos e laticínios precisa ser pensada diariamente e levando em conta as várias refeições do dia.

A criança que come alimentos de diversas fontes alimentares, com variedade, na quantidade que satisfaça seu apetite e com qualidade garantida, contendo vitaminas e minerais importantes para seu desenvolvimento, terá uma infância saudável e nutrida.

Dicas Para Acabar Com “Meu Filho Não Quer Comer” :

 

  1. Seja o exemplo. O seu filho vai comer aquilo que for hábito da família, então coma verduras, legumes e frutas na frente dele.

 

  1. Evite distrações durante as refeições. Deixe de lado aparelhos como televisão, tablet, videogames e celulares. A hora da refeição precisa ser em família, com troca de ideias.

 


 

  1. Não brigue se a criança não quiser comer. O momento de comer tem que ser vinculado a um tempo de alegria e de prazer, e não de punição.

 

  1. Apresente todos os alimentos para a criança. Isso deve ser feito desde o início da introdução alimentar, aos seis meses. Sempre coloque no prato todas as opções, mesmo que o seu filho deixe de lado um ou outro alimento.

 

 

  1. Varie na hora de preparar. Às vezes a criança não aceitou o alimento cozido, mas quem sabe assado vai melhor ou junto com outro ingrediente? Use a criatividade na cozinha!

 

Um Prato Saudável Deve Conter:

  • 1 porção de proteína (carnes, frangos, peixes e ovos)
  • 1 porção de carboidrato (massa, arroz, batata)
  • 1 porção de verdura (fonte de fibra, vitaminas e minerais)
  • 1 porção de legume (também tem vitaminas e minerais)
  • 1 porção de leguminosa (feijão, ervilha, lentilha)

 


As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

 

 

Referências Bibliográficas:

 

Belarmino, G. Meu filho não quer comer: mude essse comportamento. Nutritotal. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 08/11/2020.

 

Hughes, SO. Maternal Predictors of Child Dietary Behaviors and Weight Status. Current Nutritional Report, 2018.

 

Maximino, P.Como deve ser a alimentação das crianças?. Nutritotal. Disponível em: www.nutritotal.com.br Acessado em: 08/11/2020.

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