quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Os Desafios de Oferecer Novos Alimentos aos Bebês



O aleitamento materno é a melhor opção de alimentação para os bebês, sendo recomendado de forma exclusiva até os seis meses de vida. A partir dessa idade, o bebê precisa da complementação de nutrientes de outros alimentos para continuar seu desenvolvimento saudável, mesmo sendo amamentado no peito. Durante este processo, são bastante comuns as dúvidas, dificuldades, receios e ansiedades dos pais. O fundamental para a fase de introdução alimentar é manter a calma e ter consciência que, além de apresentar a criança novos sabores e texturas, você terá a chance de ajudar a construir práticas saudáveis que serão levadas para toda a vida.

A amamentação é recomendada até 2 anos ou mais. O leite acompanha o crescimento do bebê e ainda contém proteínas, vitaminas, energia e anticorpos para a melhor proteção da criança. As papinhas doces e salgadas devem entrar em cena, complementando a alimentação. Por volta dos 8 meses, a criança poderá receber os alimentos preparados para a família, sem excesso de sal ou gordura.

Para ajudar na formação do paladar, sempre apresente novos sabores, variando os alimentos, consistência ou formas de preparo. É importante que a criança possa pegar pequenos pedaços de alimentos, como tirinhas de legumes, carnes ou frutas, despertando nelas a curiosidade e o desejo de levá-los à boca. Nunca force a criança a comer e procure criar uma atmosfera agradável.

A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual. Deve-se ter consciência que criança tende a rejeitar as primeiras ofertas dos alimentos, pois tudo é novo: a colher, a consistência e o sabor. Há crianças que se adaptam facilmente e aceitam muito bem os novos alimentos. Outras precisam de mais tempo, não devendo esse fato ser motivo de ansiedade e angústia para as mães. No início da introdução dos alimentos, a quantidade que a criança ingere pode ser pequena. Após a refeição, se a criança demonstrar sinais de fome, poderá ser amamentada.

Também é importante que a criança receba água nos intervalos das refeições. A água oferecida deve ser a mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida). O Ministério da Saúde recomenda que sejam incluídos nas refeições ofertadas para as crianças os alimentos in natura, obtidos diretamente de plantas ou de animais e sem sofrerem qualquer alteração após deixar a natureza ou minimamente processados, que são os que foram submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original.

Alguns exemplos desses alimentos são os legumes, verduras, frutas, batata, mandioca e outras raízes e tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou congelados; arroz branco, integral ou parbolizado, a granel ou embalado; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo e de outros cereais; feijão de todas as cores, lentilhas, grão de bico e outras leguminosas; cogumelos frescos ou secos; carnes de gado, de porco e de aves e pescados frescos, resfriados ou congelados; ovos; e água potável. Para facilitar alimentação do bebê, o Blog da Saúde apresenta sugestões de esquema alimentar e cardápio.

Ao completar 6 meses, crianças amamentadas e não amamentadas devem receber:

● Com seis meses: 2 papas de frutas e 1 papa salgada;

● Ao completar 7 meses até 12 meses: 2 papas de frutas e 2 papas salgadas;

● A papa salgada deve conter um alimento de cada grupo: legumes e/ou verduras, cereal ou tubérculo, feijões e carne ou vísceras ou ovo;

● Quando a criança completar 12 meses, uma refeição adicional deve ser adicionada ao esquema;

● No início, os alimentos complementares devem ser especialmente preparados para a criança, cozidos em água suficiente para ficarem macios, ou seja, deve sobrar pouca água na panela;

 ● A consistência deve ser pastosa e não há necessidade de passar na peneira ou liquidificador, eles podem ser amassados rusticamente garfo;

 ● A consistência deve ser gradativamente aumentada com o passar da idade para que com 10 ou 12 meses a consistência já esteja mais parecida com a consistência da comida da família;

● O ideal é que as crianças recebam refeições frescas;

● As papas prontas devem ser usadas em situações em que os responsáveis estão impossibilitados de preparar e levar a comida da criança ou sabem que não encontrarão opções saudáveis para ofertar à criança, como, por exemplo, durante uma viagem de carro ou avião. No entanto, é importante prestar atenção à lista de ingredientes e escolher sempre as papas que não foram adicionadas de conservantes ou outros produtos químicos. 



As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referência Bibliográfica:

Os desafios de oferecer novos alimentos aos bebês. Ministério da Saúde. Disponível em: www.blog.saude.gov.br Acessado em: 19/08/2016.

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