O café é uma das bebidas mais apreciadas em todo o mundo, não só pelas características organolépticas, mas pelo seu efeito estimulante. Portanto, no artigo de hoje vamos falar sobre as Propriedades do Café.
Durante o processo de torrefação do café , se formam diversos compostos químicos. Com isso, o efeito do consumo de café depende da qualidade e quantidade dos compostos químicos. Além do tipo de processamento que os grãos são submetidos, o grau de torra e de moagem, bem como o de preparação da bebida e respectivo volume, irá contribuir para a variação química final da bebida.
De todo modo, o principal componente psicoativo do café é, sem dúvida, a cafeína. Dessa forma, pode-se observar uma melhora na performance cognitiva e psicomotora do consumidor. Além disso, seus mecanismos fisiológicos mais estudados são o aumento no catabolismo de lipídios e o antagonismo dos receptores da adenosina monofosfato cíclica (AMP-c).
Efeitos da Cafeína no Organismo
Além disso, a cafeína afeta a termogênese pela inibição da enzima fosfodiesterase. Essa enzima degrada o aminomofosfato clínico intracelular. A fosfodiesterase usualmente hidrolisa o AMPc a AMP, mas após o consumo da cafeína, a concentração de AMPc eleva-se. Ademais, a atividade do SNS aumenta e a lipase hormônio sensível inativa é ativada, promovendo a lipólise.A atividade do SNS e a lipólise são dependentes do AMPc, visto que este ativa a proteína quinase A (PKA).
A cafeína também afeta a termogênese por meio do estímulo de ciclo de cori, onde o lactato move-se do músculo para o fígado, onde é convertido a piruvato, esse pode ser convertido à glicose por meio da enzima lactato desidrogenase e circula de volta ao músculo através do sangue. O turnover lipídico não oxidativo, a hidrólise e a re-esterificação do triacilglicerol são aumentados em maior grau em comparação a oxidação lipídica. Além disso, a cafeína antagoniza os efeitos inibitórios da adenosina sobre a lipólise pela adenilil ciclase.
Além disso, a cafeína parece ser benéfica aos indivíduos com Doença de Parkinson (DP) e previne o aparecimento da doença. Ela tem grande semelhança à adenosina, ligando-se aos seus receptores, o que impede a ação da mesma no SNC. A adenosina, por sua vez, bloqueia a dopamina.
Sabendo que o metabolismo da cafeína é mais lento nas mulheres grávidas e no feto, deve-se ficar atento. Uma vez que a cafeína atravessa facilmente a placenta. Dessa forma, recomenda-se a interrupção ou redução da ingestão diária de cafeína para o equivalente a uma ou duas xícaras de café (<150 mg), durante a gravidez. Algumas investigações demonstram um ligeiro aumento do risco de aborto espontâneo devido ao consumo deste composto especialmente quando a sua ingestão excede os 300 mg/dia.
Deve-se lembrar que doses elevadas podem induzir efeitos negativos tais como taquicardia, palpitações, insônias, ansiedade, tremores, dores de cabeça e náuseas. Entretanto, estes efeitos indesejáveis podem manifestar-se, igualmente, em alguns indivíduos sensíveis à cafeína, mesmo sem o consumo de elevadas quantidades de café.
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