Ao fazer uma refeição, nosso
corpo começa o processo de quebra do alimento e absorção dos nutrientes, é o
que chamamos de digestão. Nas primeiras 2 horas, há um aumento do nível de
glicose presente em nosso sangue, a principal fonte de energia para o
funcionamento do organismo. Depois desse período, esse índice começa a cair. Se
não nos alimentamos, nosso corpo começa a manifestar os sinais de hipoglicemia
(queda da concentração de glicose no sangue): diminuição da concentração,
fraqueza, sonolência e até tontura e tremores. Portanto, além de ser importante
para manter o nível de glicose equilibrado, a alimentação fracionada nos ajuda
a evitar aquela sonolência no período do trabalho e facilita a concentração e
atenção para realizar as atividades.
Comer de forma fragmentada também é uma forma de
equilibrar as refeições e evitar aqueles pratos exagerados, com muito mais
comida do que realmente precisamos para saciar a nossa fome. Fracionando a
alimentação temos uma melhor divisão das refeições, evitando o excesso de fome
e a compensação nas refeições seguintes. Além disso, evitamos a sonolência que
vem ao comermos mais do que o necessário, porque o corpo precisa de mais
energia para fazer a digestão.
Quando ficamos muito tempo em jejum e em seguida
ingerimos uma grande quantidade de alimentos, o estômago precisa produzir
rapidamente um alto volume de ácido clorídrico, um dos principais agentes do
processo de digestão. O aumento muito rápido desse ácido causa danos na mucosa
do estômago, provocando a sensação de queimação e azia.
Além disso, quando você faz jejum: diminui o ritmo do
metabolismo; fica com as funções mais lentas; fica com as funções do intestino
prejudicadas e corre o risco de sofrer carência de vitaminas e minerais. E
ainda há o risco de engordar porque depois do jejum a fome fica extrema; o
organismo, que aprendeu a viver com pouquíssimas calorias, vai armazenar tudo o
que vier a mais e estocar esse excesso em forma de gordura; o corpo exige
compensação após um período de longa privação e vai aproveitar tudo o que
faltou até então para repor suas perdas, o que significa que você vai engordar.
Você corre os mesmos riscos do jejum quando fica horas sem comer nada; come
menos de 800 calorias durante mais de uma semana; faz dietas só de líquidos que
duram mais de um dia; toma laxantes e diuréticos.
Comer de três em três horas contribui para a perda e
manutenção do peso corporal de forma saudável. Quando ficamos longos períodos
sem nos alimentar e, consequentemente, sem fornecer glicose para o organismo
trabalhar, o corpo busca outra fonte de energia. A perda de peso ocorre, mas
não por perda de gordura, e sim de massa muscular.
Dez
Motivos Para Fracionar Refeições:
1)
Mantém
um bom gasto de energia no organismo (um jejum maior do que 4 horas faz com que
nosso gasto de energia diminua);
2)
Melhora a digestão: pequenos volumes, várias
vezes ao dia, facilitam a digestão e a absorção dos nutrientes;
3)
Evita a ansiedade: jejum maior do que 4 horas
pode aumentar o cortisol, hormônio do estresse;
4)
Evita o descontrole alimentar: se comermos em
intervalos regulares, de 3 em 3 horas, a chance de descontrole na próxima
refeição é menor, porque a fome estará controlada;
5)
Evita o mau hálito: jejum prolongado pode
causar mau hálito;
6)
Estimula o funcionamento intestinal;
7)
Evita o mau humor: privações alimentares e
muito tempo sem comer podem provocar mau humor;
8)
Evita oscilações de glicemia: principalmente
para indivíduos suscetíveis, pode ocorrer hipoglicemia quando o jejum é
superior a 3-4horas;
9)
Previne dor de cabeça, muito comum no jejum
prolongado;
10) Mantém a concentração e a disposição, que são
negativamente afetadas no jejum prolongado.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
10 motivos para você
fracionar as refeições. Meu Prato Saudável. Disponível em: www.meupratosaudavel.com.br
Muroya, C. Por que temos que
comer de 3 em 3 horas? Albert Einstein. Disponível em: www.einstein.br
Philippi,
ST. A dieta do bom humor. 1. ed. São Paulo: Panda Books, 2006.
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