quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dieta Dash



A sigla DASH deriva do inglês “Dietary Approach to Stop Hypertension” o que significa abordagens dietéticas para parar a hipertensão. Esse manejo nutricional surgiu após um estudo realizado nos Estados Unidos que avaliou o efeito da dieta sobre a pressão arterial. Inicialmente, essa dieta tinha o objetivo de reduzir a pressão arterial de pacientes hipertensos, porém verificou-se que ela poderia ser usada para perda de peso (obesidade).

Esta dieta tem a proposta de evitar o consumo de sódio e gorduras como colesterol e saturadas, já que vários estudos apontam que o consumo de gorduras em excesso pode estar relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas como obesidade. Em contrapartida deve-se aumentar o consumo de legumes, vegetais e frutas, cereais integrais, carnes magras e produtos láteos com teor reduzido de gorduras, desse modo os pesquisadores verificaram que ocorria além da diminuição da pressão arterial a perda de peso.

A dieta DASH pode ser considerada uma dieta equilibrada e fácil de ser seguida por hipertensos uma vez que não faz restrições alimentares e nem é restritiva em quantidades. Recomenda-se na dieta DASH que os carboidratos (integrais e frutas) sejam responsáveis por 55% das calorias diárias, 18% referente ao consumo de proteínas (frango, peixes e ovos) e 27% de gorduras saudáveis (Insaturadas – azeite e castanhas). O que ela preconiza é a troca de alimentos gordurosos por alimentos frescos – frutas, legumes e verduras – que as pessoas deixaram de consumir ao longo dos anos, substituindo por alimentos industrializados, pacotinhos cheios de açúcar, gorduras e sal.

Recomenda-se que a ingestão de sódio não ultrapasse 1500mg neste plano alimentar o que seria equivalente a 3,5 gramas de sal de cozinha ao dia = 3 sachês de 1 grama divididos ao longo do dia. Nesta proposta alimentar deve-se evitar ao máximo produtos industrializados que contém quantidades exageradas de sal, conservantes e açúcares.

Na dieta DASH o consumo de fibras deve ser de 30 gramas por dia, para isso o indivíduo deve trocar os cereais, pães e massas pela versão integral a fim de manter um funcionamento intestinal adequado e o equilíbrio na glicemia e consequentemente a menor produção de gordura localizada.

É importante ressaltar que essa dieta pode trazer grandes prejuízos a crianças, gestantes e idosos, pois estes pertencem ao que chamamos de grupo de risco uma vez que precisam de mais nutrientes e possuem um metabolismo diferente de pessoas adultas. O crescimento e o desenvolvimento podem ser prejudicados caso esta dieta seja realizada sem acompanhamento.

Por fim, fica evidente que este plano alimentar deve ser seguido sempre com orientação médica / nutricional por pacientes hipertensos que obtém bons resultados. Para a perda de peso este plano alimentar pode auxiliar, mas é indicada a avaliação individual para que a reeducação alimentar e perda de peso seja saudável.

Texto elaborado por: Karina Valentim

Nutricionista da Patrícia Bertolucci Consultoria Nutricional

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.



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