terça-feira, 17 de maio de 2016

Asma



Centenas de milhões de pessoas de todas as idades sofrem com doenças crônicas e de alergias respiratórias em todos os países do mundo e mais de 500 milhões delas vivem em países em desenvolvimento. Elas afetam a qualidade de vida das pessoas, interferindo no período produtivo de suas vidas, podendo causar prejuízos pelo absenteísmo ao trabalho e à escola.

Segundo a Organização Mundial da Saúde as doenças respiratórias estão entre as maiores causas de mortes no mundo. Essas doenças afetam a passagem do ar tanto nasais, como as dos brônquios e pulmonar, as quais podem ser classificadas como agudas e crônicas, dependendo de sua gravidade.

A asma é uma destas doenças que são um problema de saúde pública por afetar parcela significativa da população, principalmente crianças. Para quem sofre de asma, é preciso cuidados especiais nos meses mais frios do ano e nos períodos de seca, quando os sintomas podem se agravar. A asma é uma doença caracterizada pelo estreitamento e inflamação dos bronquíolos, tornando o processo de respiração mais difícil. Essa doença pode ser manifestada desde a infância até mesmo na fase adulta e possui como fatores de risco o fumo, poluição do ar, poeiras, ácaros, obesidade, hereditariedade ou até mesmo a alergia a certos alimentos. Além disso, entre os sintomas mais comuns de pessoas que possuem asma estão a falta de ar e tosse seca. 


A doença é identificada por sintomas como falta de ar, chiado no peito e tosse persistente à noite ou ao acordar. A asma pode afetar diretamente no dia a dia, por isso é importante ter o controle desses sintomas, para que a pessoa diagnosticada com a doença possa ter qualidade de vida e consiga desenvolver atividades normais, como trabalho, escola e lazer.

Em estudos recentes foram relacionados a prevalência de asma com os hábitos alimentares dos pacientes portadores de asma com questionários dos padrões alimentares. Dessa forma, foi constatado que ambos os estudos os hábitos alimentares ricos em gorduras, açúcares e sal, bem como maiores consumos de carnes e embutidos tiveram maiores associações tanto na prevalência como na incidência de asma.

Além disso, nesse mesmo estudo pode demonstrar que os alimentos como peixes, legumes e frutas, são considerados alimentos protetores contra a asma, isto porque esses alimentos podem atuar como anti-inflamatório e antioxidante no organismo, por apresentarem ácidos graxos insaturados, vitaminas e minerais, os quais são essenciais para um desenvolvimento saudável. Entretanto, um dos estudos demonstrou não depender de fatores hereditários para o aparecimento da asma entre os pacientes avaliados.

Há relatos também que os problemas respiratórios podem ser desencadeados a partir de consumo de determinados alimentos, ou seja, pessoas com alergia a alimentos podem vir a ocasionar inflamações nasais ou pulmonares que impedem a passagem de ar, começando uma crise asmática. Embora esses problemas possam ser mais raros, os alimentos que fortemente estão associados às crises podem ser os ovos, leite e os queijos.

 Outra evidência tem sido associada ao aparecimento de problemas respiratórios em decorrência da obesidade. No entanto, não se tem essa conclusão, mas estudos mostram que o aumento da obesidade e da asma ocorre de forma simultânea, muitas vezes relacionada pela alimentação pobre em alimentos promotores da saúde, como as frutas e legumes. Além disso, pessoas obesas estão mais predispostas a desencadear processos inflamatórios, como também podem ter o aumento da dispneia, apresentando dificuldades na respiração e ainda, possuem grandes limitações na respiração quanto à prática de exercícios.

Alguns minerais e vitaminas são muito importantes para as pessoas com asma, como por exemplo, o magnésio que já foi relatado como um broncodilatador, o qual atua no relaxamento dos músculos, contribuindo na melhor passagem do ar, ou seja, ocorre a diminuição das crises de falta de ar, sendo encontrado em alimentos como o espinafre, feijão, nozes e sementes. Já a vitamina C tem sido reportada como agente antioxidante que colabora na melhora das inflamações ocasionada pela asma, e, consequentemente, pode contribuir com a diminuição das crises, além de favorecer o fortalecimento do sistema imunológico. As frutas consideradas fontes de vitamina C podem ser as frutas cítricas como a acerola, laranja, limão, abacaxi, tangerina, entre muitas outras frutas.


Muitas evidências têm demonstrado que a alimentação pode influenciar diretamente nas vias respiratórias, tanto na prevenção como na redução de sintomas dessas doenças, principalmente por apresentar nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo que podem contribuir também na melhora do sistema imunológico. Dessa forma, a ingestão de frutas e verduras devem ser consumidas sem restrições.

Para as pessoas que já seguem um tratamento da doença é necessário conciliar um estilo de vida saudável, evitando poluição, cigarros, além de evitar o consumo de alimentos industrializados, ricos em gorduras. A prática de exercícios respiratórios e leves é importante, pois pode contribuir no fortalecimento do corpo e do sistema respiratório.

E não se esqueça de beber água, pois além de ser essencial ajuda na hidratação do corpo e contribui com a eliminação das secreções dos pulmões e brônquios favorecendo uma melhor passagem do ar.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.

Referências Bibliográficas:

Aranha, JB. Alimentação em combate a asma. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br

Doenças Crônicas Não Transmissíveis – Asma. Ministério da Saúde. Disponível em: www.blog.saude.gov.br Acessado em: 07/05/2016.

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