Centenas de milhões de pessoas de
todas as idades sofrem com doenças crônicas e de alergias respiratórias em
todos os países do mundo e mais de 500 milhões delas vivem em países em
desenvolvimento. Elas afetam a qualidade de vida das pessoas, interferindo no
período produtivo de suas vidas, podendo causar prejuízos pelo absenteísmo ao
trabalho e à escola.
Segundo a Organização Mundial da Saúde
as doenças respiratórias estão entre as maiores causas de mortes no mundo.
Essas doenças afetam a passagem do ar tanto nasais, como as dos brônquios e
pulmonar, as quais podem ser classificadas como agudas e crônicas, dependendo
de sua gravidade.
A asma é uma destas doenças que são um
problema de saúde pública por afetar parcela significativa da população,
principalmente crianças. Para quem sofre de asma, é preciso cuidados especiais
nos meses mais frios do ano e nos períodos de seca, quando os sintomas podem se
agravar. A asma é uma doença caracterizada pelo estreitamento e inflamação dos
bronquíolos, tornando o processo de respiração mais difícil. Essa doença pode
ser manifestada desde a infância até mesmo na fase adulta e possui como fatores
de risco o fumo, poluição do ar, poeiras, ácaros, obesidade, hereditariedade ou
até mesmo a alergia a certos alimentos. Além disso, entre os sintomas mais
comuns de pessoas que possuem asma estão a falta de ar e tosse seca.
A doença é identificada por sintomas
como falta de ar, chiado no peito e tosse persistente à noite ou ao acordar. A
asma pode afetar diretamente no dia a dia, por isso é importante ter o controle
desses sintomas, para que a pessoa diagnosticada com a doença possa ter
qualidade de vida e consiga desenvolver atividades normais, como trabalho,
escola e lazer.
Em estudos recentes foram relacionados
a prevalência de asma com os hábitos alimentares dos pacientes portadores de
asma com questionários dos padrões alimentares. Dessa forma, foi constatado que
ambos os estudos os hábitos alimentares ricos em gorduras, açúcares e sal, bem
como maiores consumos de carnes e embutidos tiveram maiores associações tanto
na prevalência como na incidência de asma.
Além disso, nesse mesmo estudo pode demonstrar que
os alimentos como peixes, legumes e frutas, são considerados alimentos
protetores contra a asma, isto porque esses alimentos podem atuar como
anti-inflamatório e antioxidante no organismo, por apresentarem ácidos graxos
insaturados, vitaminas e minerais, os quais são essenciais para um
desenvolvimento saudável. Entretanto, um dos estudos demonstrou não depender de
fatores hereditários para o aparecimento da asma entre os pacientes avaliados.
Há relatos também que os problemas respiratórios
podem ser desencadeados a partir de consumo de determinados alimentos, ou seja,
pessoas com alergia a alimentos podem vir a ocasionar inflamações nasais ou
pulmonares que impedem a passagem de ar, começando uma crise asmática. Embora
esses problemas possam ser mais raros, os alimentos que fortemente estão
associados às crises podem ser os ovos, leite e os queijos.
Outra evidência tem sido
associada ao aparecimento de problemas respiratórios em decorrência da
obesidade. No entanto, não se tem essa conclusão, mas estudos mostram que o
aumento da obesidade e da asma ocorre de forma simultânea, muitas vezes
relacionada pela alimentação pobre em alimentos promotores da saúde, como as
frutas e legumes. Além disso, pessoas obesas estão mais predispostas a
desencadear processos inflamatórios, como também podem ter o aumento da
dispneia, apresentando dificuldades na respiração e ainda, possuem grandes
limitações na respiração quanto à prática de exercícios.
Alguns minerais e vitaminas são muito
importantes para as pessoas com asma, como por exemplo, o magnésio que já foi
relatado como um broncodilatador, o qual atua no relaxamento dos músculos,
contribuindo na melhor passagem do ar, ou seja, ocorre a diminuição das crises
de falta de ar, sendo encontrado em alimentos como o espinafre, feijão, nozes e
sementes. Já a vitamina C tem sido reportada como agente antioxidante que
colabora na melhora das inflamações ocasionada pela asma, e, consequentemente,
pode contribuir com a diminuição das crises, além de favorecer o fortalecimento
do sistema imunológico. As frutas consideradas fontes de vitamina C podem ser
as frutas cítricas como a acerola, laranja, limão, abacaxi, tangerina, entre
muitas outras frutas.
Muitas evidências têm demonstrado que a alimentação
pode influenciar diretamente nas vias respiratórias, tanto na prevenção como na
redução de sintomas dessas doenças, principalmente por apresentar nutrientes
essenciais para o bom funcionamento do organismo que podem contribuir também na
melhora do sistema imunológico. Dessa forma, a ingestão de frutas e verduras
devem ser consumidas sem restrições.
Para as pessoas que já seguem um tratamento da
doença é necessário conciliar um estilo de vida saudável, evitando poluição,
cigarros, além de evitar o consumo de alimentos industrializados, ricos em
gorduras. A prática de exercícios respiratórios e leves é importante, pois pode
contribuir no fortalecimento do corpo e do sistema respiratório.
E
não se esqueça de beber água, pois além de ser essencial ajuda na
hidratação do corpo e contribui com a eliminação das secreções dos pulmões e
brônquios favorecendo uma melhor passagem do ar.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referências
Bibliográficas:
Aranha, JB. Alimentação em
combate a asma. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP.
Disponível em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br
Doenças Crônicas Não
Transmissíveis – Asma. Ministério da Saúde. Disponível em: www.blog.saude.gov.br
Acessado em: 07/05/2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário