A creatina é um aminoácido e está presente
tanto nos alimentos de origem animal quanto no organismo humano, devido à
síntese endógena. A maior reserva de creatina do organismo está nos músculos
esqueléticos (95%), tanto na forma livre como na forma de creatina-fosfato o
qual tem por função regenerar o ATP (trifosfato de adenosina) no citoplasma
celular.
A creatina auxilia na ressíntese de ATP, ou seja,
quando praticamos exercícios de força de alta intensidade e curta duração
utilizamos creatina como substrato energético, esta se esgota em 10 segundos de
exercícios, fazendo com que o indivíduo fique fatigado e não consiga levantar
mais peso.
Quando há estoque de creatina adequado o
indivíduo consegue manter o exercício por um período maior de tempo e com maior
carga, e isso levaria a hipertrofia. Porém a creatina possui alguns efeitos
colaterais como a retenção hídrica, que pode muitas vezes levar a uma falsa
ideia de “massa muscular”.
Não existem estudos que comprovem que
indivíduos com problemas renais não possam consumir creatina, porém acredita-se
que a suplementação não fosse realizada a fim de não sobrecarregar a função
renal. Em pessoas sem problemas renais a suplementação em doses baixas não
causa alteração da função hepática ou renal e deve ser utilizada de acordo com
recomendação médica ou nutricional. Recomenda-se que após 90 dias de uso
continuo se faça uma pausa de 1 mês para que o organismo não pare sua produção
endógena.
Como a creatina é estocada no músculo para ser
utilizada por ele não há indicação se o melhor momento seria antes ou após o
treino.
Como todo e qualquer suplemento nutricional é
necessário que a empresa fabricante da creatina tenha alguma certificação da
ANVISA.
A utilização de creatina deve estar associada
a uma dieta equilibrada, principalmente em proteínas a fim de não se obter um excesso
no organismo. E uma hidratação correta.
A alimentação deve ser balanceada em todos os
nutrientes sem exclusões. Para objetivos de hipertrofia é necessário que o
indivíduo tenha um consumo proteico adequado, uma vez que necessita de todos os
aminoácidos essenciais para recuperação da massa muscular.
Texto elaborado por: Paula Crook
Nutricionista
pela Universidade de São Paulo – USP.
Pós-graduada
em Nutrição Clínica Funcional
Sócia
da Patrícia Bertolucci Consultoria.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
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