A alergia à proteína do
leite de vaca é decorrente de uma resposta imunológica em que as proteínas são
reconhecidas como substâncias estranhas ao organismo, desencadeando a produção
de anticorpos, gerando um processo inflamatório.
O nome médico de alergia é
hipersensibilidade. Ou seja, uma sensibilidade exagerada do organismo contra as
proteínas.
Neste caso, é essencial a exclusão total das proteínas do
leite. Lembrando que a alergia é um processo qualitativo e independe da quantidade da substância
ingerida, ou seja, pequenas quantidades de leite de vaca ou seus
derivados podem desencadear as mesmas reações alérgicas.
Em torno de 1 em cada 20
lactentes tem alergia ao leite de vaca, sendo que o risco desta doença aumenta
em até 40% quando um familiar de primeiro grau (pai ou irmão) são alérgicos.
Grande parte dos casos de alergia ao leite de vaca ocorre no primeiro ano de
vida, a tolerância a este alimento é muito variável, depende principalmente da
herança genética.
No entanto,
esta é uma das poucas alergias onde pode ocorrer a remissão completa do quadro,
e desta forma a maioria dos alérgicos ao leite adquire tolerância a este
alimento e seus derivados.
A alergia à
proteína do leite de vaca não deve ser confundida com a intolerância ao açúcar
presente no leite (lactose), porque são mecanismos bem diferentes. As
manifestações da alergia ocorrem geralmente após introdução do leite de vaca,
os sintomas na pele representam as principais manifestações, podendo estar
associados sintomas gastrointestinais ou respiratórios. No caso da intolerância
à lactose, ocorre uma diminuição intestinal da enzima que atua sobre o açúcar
do leite (lactase).
Cuidados Nutricionais
Os
pacientes com alergia alimentar devem excluir completamente o leite da dieta, o
que não é fácil, pois esta proteína está presente em vários alimentos e muitas
vezes é difícil sua exclusão completa da dieta.
Além disso, uma alimentação saudável e equilibrada deve ser mantida para
suprir as necessidades dietéticas do paciente com outros alimentos fontes
principalmente de proteína (carne, frango, peixe e ovo) e de cálcio (gergelim,
sardinha, couve, brócolis, espinafre, tofu, etc.).
Nos
lactentes, como a dieta é fundamentalmente láctea, o leite deverá ser
substituído por fórmula com proteína extensamente hidrolisada ou fórmula de
aminoácidos.
Em
lactentes com aleitamento materno, o aleitamento deverá ser mantido, e a mãe
orientada a fazer uma restrição de leite.
Texto
elaborado por: Paula Crook
Nutricionista
pela Universidade de São Paulo – USP.
Pós-graduada
em Nutrição Clínica Funcional
Sócia
da Patrícia Bertolucci Consultoria.
As informações contidas neste
blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais
da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos
e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu conhecimento.
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