O Refrigerante pode ser definido como uma
bebida fabricada industrialmente e carbonada, encontrada em diversos sabores.
O
Brasil é o terceiro produtor mundial de refrigerantes, depois dos Estados
Unidos e México (Palha, 2005; Rosa e cols., 2006). Contudo, o consumo per
capita é da ordem de 69 litros por habitante por ano, o que coloca o país em
28º lugar nesse aspecto.
O
processo de fabricação é basicamente a elaboração do xarope simples composto
por açúcar dissolvido em água. E em seguida adicionado os demais compostos do
refrigerante, como acidulantes, conservantes e gás carbônico.
As
consequências fisiológicas do consumo frequente de refrigerante para o
organismo são imperceptíveis no dia a dia, mas a longo prazo pode gerar grandes
problemas. Sabemos que se trata de um produto de base açucarada, e que o
consumo excessivo de açúcar pode levar ao diabetes, sobrepeso, entre outras
complicações.
Mas
falando das consequências imediatas, quando um copo de refrigerante é consumido
após 60 minutos as propriedades diuréticas do organismo são ativadas, e na
urina são liberados cálcio, magnésio e zinco, que seriam usados pelos ossos. O
excesso de açúcar eleva rapidamente a glicemia causando euforia, irritação,
além de ser um fator que contribui fortemente para casos de sobrepeso.
Nosso
corpo está constantemente tentando deixar nosso PH sanguíneo equilibrado, em
torno de 7,5 na escala de PH, a maioria das marcas de refrigerante tem o PH em
torno 2,5, um PH ácido, que desregula diversas ações do organismo.
Quando
o corpo não consegue equilibrar o pH, nosso corpo torna-se ácido e como
consequência propensa à infestação por parasitas.
Um
pH levemente alcalino do sangue aumenta a oxigenação das células e a imunidade,
uma vez que, vírus e bactérias precisam de um meio ácido para sobreviver. O
refrigerante tendo essa propriedade de PH ácido contribui significativamente
para o desequilíbrio corporal.
Alguns
estudos mostram que precisa se de cerca de 32 copos de água para cada 1 copo de
refrigerante, para que o PH corporal seja reestabelecido e suas consequências
sejam amenizadas. A água é utilizada como solvente natural, por ter o PH em
torno de 7,0 o que mais se aproxima do PH sanguíneo que se encontra em torno de
7,4.
Os conceitos de diet e light são diferentes.
O termo diet está relacionado ao conceito de alimentos para fins especiais, os quais têm sua composição alterada para se adequar a uma dieta específica que atenda às necessidades metabólicas ou fisiológicas, diferenciadas,
de parte da população.
Já a denominação light faz
parte do que a ANVISA chama de
“informação nutricional complementar“, que engloba vários conceitos e condições, geralmente
relacionados ao fato de um alimento ter maior ou menor quantidade (ou nada) de algum nutriente específico, ou
mesmo do valor energético total.
Nos casos dos
refrigerantes o açúcar, por exemplo,
costuma ser trocado por edulcorantes, adoçantes artificiais, para manter o
sabor doce.
Em relação ao termo “zero“, esse
também está relacionado ao conteúdo absoluto, mas nesse caso o produto deve ser virtualmente isento de calorias ou de
nutrientes como açúcares ou gorduras, apresentando um limite máximo (bem pequeno) permitido desses conforme tabelas específicas da ANVISA.
A Coca-Cola Life, que foi
lançada nos EUA em 2014, é um refrigerante de baixa caloria para aqueles que
não gostam do sabor artificial dos comercializados como ‘diet’. Ele se baseia
em extrato de stévia e açúcar regular para obter a sua doçura.
O açúcar na composição do refrigerante é utilizado para
esconder o gosto residual da stevia, mas ao contrário do que os consumidores
pensam, esta versão possui calorias, ao contrário das versões light e zero.
Segundo
especialistas alertam que na fórmula
da Coca Life há açúcar e que uma lata de 330 mililitros tem 89 calorias. A
mesma medida da versão original da Coca-Cola tem 138 calorias.
A imagem negativa da marca nos dias de hoje alterou
significativamente nas vendas do produto, nos dias de hoje a população se
preocupa muito com o bem-estar e com a estética, sabendo os males mais
populares que o refrigerante causa o consumo frequente foi reduzido.
Para o sociólogo da alimentação Jean Louis Lambert, a ideia
da Coca-Cola de lançar um produto "verde" é baseada na busca dos
consumidores modernos por uma imagem "natural" dos alimentos.
Percebe-se que atualmente o público tem criado uma certa
consciência dos malefícios que o refrigerante causa a saúde e bem estar de
consumidores de qualquer idade, devido a informações por meios de comunicação e
por interesse do próprio indivíduo em manter nos dias de hoje uma qualidade de
vida melhor, e uma alimentação mais equilibrada, certamente algumas medidas
como substituir a bebida açucarada gaseificada por sucos, já é um avanço, porém
ela ainda tem seu espaço principalmente nos finais de semana, festas de
aniversário.
O que se pode colocar em evidencia é realmente o equilíbrio,
nada deve ser proibido ou radicalmente excluído, deve-se ofertar opções. Sempre
pensando no prazer que o alimento traz para o dia a dia, e dando preferência
para escolhas que melhor irão trazer bem estar a sua vida.
Texto
elaborado por: Dra.
Caroline de Salve –
CRN3. 28964
Nutricionista
formada pelo Centro Universitário São Camilo
·
Especialista em Nutrição Humana pelo Instituto Metabolismo e Nutrição
(IMEN)
Especialista em Nutrição e Pediatria pelo HCMUSP
Nutricionista Responsável pelo Colégio Piaget
Nutricionista Responsável por unidade
Salutem Nutrição e Bem Estar em São Caetano do Sul e atendimentos na
Unidade Salutem de São Caetano do Sul.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
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