O
ômega-6 vem sendo muito estudado, devido ao interesse da população em geral em
adquirir uma alimentação mais saudável, que exerça benefícios à saúde e à
estética.
A dieta consumida atualmente
pela população ocidental, é rica em ácido linoleico (ômega-6), presente nos
óleos de milho, girassol, soja, entre outros alimentos. O alto consumo do
ômega-6 implica no aumento da relação ômega 6:ômega-3, principalmente quando a ingestão de alimentos como peixes
(ricos em ômega-3), por exemplo, é baixa.
Cientistas concordam que o
ácido linoleico é precursor da síntese de eicosanoides da série par, com
características pró-inflamatórias, de onde vem a importância de manter adequada
a relação dos ácidos graxos essenciais (ômega-6/pró-inflamatório :
ômega-3/anti-inflamatório).
O Canadá recomenda uma
proporção de 4:1 e os EUA recomendam a proporção de 10:1 em relação à proporção
de ácidos graxos ômega-6 e ômega-3, respectivamente.
Baseado na ingestão média da
população americana, por meio das DRI’s (Dietary Reference Intakes) foi
preconizada a ingestão adequada dos ácidos graxos essenciais. Esses valores de
consumo recomendados são de 17g/dia para homens e 12g/dia para mulheres do ômega-6
e 1,6g/dia para homens e 1,1g/dia para mulheres do ômega-3.
A substituição dos ácidos
graxos saturados por ácidos graxos poli-insaturados reduz o Colesterol Total e
o LDL-C plasmáticos, porém os ácidos graxos poli-insaturados possuem o
inconveniente de induzir maior oxidação lipídica e diminuir o HDL-C quando
utilizados em grande quantidade.
Recentemente, foi descoberto
o ácido linoleico conjugado (CLA) que, por sua vez, é encontrado naturalmente
nos alimentos gerados á partir de ruminantes, como carnes, leites e derivados,
devido ao processo de biohidrogenação bacteriana que ocorre com o rúmen.
Esse
ácido graxo demonstra efeitos anticarcinogênico, redução na deposição de
gordura corporal, redução no desenvolvimento de aterosclerose, estimulação da
função imune e redução da glicose sanguínea.
O ácido linoleico conjugado
é encontrado em vários produtos alimentícios, em maiores proporções nos
lácteos, carne bovina, e em quantidades menores na suína e aves.
As únicas maneiras de
garantir uma ingestão benéfica de ácido linoleico conjugado é por volta de 3000
a 6000 mg/dia, o que parece ser o nível em que os benefícios para a saúde
possam ser esperados.
Diante da observação da
importância do ômega-6, é importante ressaltar que: o excesso de ômega 6 pode
levar ao desenvolvimento de tumor de próstata e doses acima da recomendação de
CLA pode causar aumento dos processos inflamatórios.
Texto
elaborado por: Dra.
Caroline de Salve –
CRN3. 28964
Nutricionista
formada pelo Centro Universitário São Camilo
Especialista
em Nutrição Humana pelo Instituto Metabolismo e Nutrição (IMEN)
Especialista em Nutrição e Pediatria
pelo HCMUSP
Nutricionista Responsável pelo
Colégio Piaget
Nutricionista Responsável por
unidade Salutem Nutrição e Bem Estar em São Caetano do Sul e atendimentos
na Unidade Salutem de São Caetano do Sul.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FUKE, Gitane
et al. EFICÁCIA DO ÁCIDO LINOLÉICO CONJUGADO (CLA) NA SAÚDE HUMANA. Revista
do Centro do Ciências Naturais e Exatas, Santa Maria, v. 18, p.36-46,
maio 2014.
GARÓFOLO,
Adriana; PETRILLI, Antônio Sérgio. Balanço entre ácidos graxos ômega-3 e 6 na
resposta inflamatória em pacientes com câncer e caquexia. Revista
de Nutrição, Campinas,
v. 19, n. 5, p.611-621, 2006.
LIMA, Flávia
Emília Leite de et al. ÁCIDOS GRAXOS E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA REVISÃO. Revista
de Nutrição, Campinas,
v. 13, n. 2, p.73-80, maio/ago. 2000.
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