sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Halitose


A halitose caracteriza-se pelo hálito desagradável podendo ou não ser patológica e tem causas multifatoriais de origem oral ou não oral. As causas mais comuns são de origem oral: cáries dentárias, infecções orais, saburra lingual (camada branca na língua), além da má higienização. Já as causas não orais se relacionam com problemas nasais ou da faringe, doenças pulmonares como bronquite e doenças gastrintestinais como o refluxo ou a gastrite também podem apresentar o surgimento da halitose, assim como pacientes com disbiose intestinal (predomínio de bactérias patogênicas em relação às benéficas no intestino).

Tipos de halitose:

Matinal - Durante o sono salivamos menos, com isso há o acúmulo e a putrefação de células orais, que são descamadas a todo momento, além da própria saliva e restos alimentares. Além disso, entramos em certo grau de hipoglicemia, pois ficamos um período grande sem nos alimentar, isto gera a produção de corpos cetônicos que são liberados pelas vias aéreas (odor de acetona). Por isso é importante que se faça a correta higienização no período matinal e caso o problema não seja resolvido com a higienização, procurar um especialista.

De fome ou de regime – há uma diminuição da produção de saliva e possível formação de saburra lingual além de levar a uma hipoglicemia onde ocorre a formação dos corpos cetônicos, que são liberados via respiratória, liberando um odor característico de acetona.

Língua saburrosa – corresponde a 85% dos casos de halitose e deriva da redução do fluxo salivar, do desequilíbrio da microbiota oral e dos resíduos alimentares que se acumula no dorso posterior da língua, esta saburra é metabolizada e gera compostos sulfurados voláteis com cheiro de ovo podre.

Diabetes – como possuem dificuldade de absorção de glicose, ocorre a formação dos corpos cetônicos eliminados via pulmonar, da mesma forma que na halitose por períodos sem se alimentar. Além disso, pode ser gerada pela ingestão inadequada de água por estes indivíduos (gerando a saburra lingual).

Problemas hepáticos – o mau funcionamento do fígado faz com que haja substancias voláteis na circulação, estas são eliminadas pelas vias aéreas. Por isso, doenças hepáticas como hepatite, cirrose e neoplasias aumentam a quantidade de dimentilsulfeto expirado originando o hálito com odor de terra molhada, peixe ou rato.

Tabagismo – o tabaco possui odor característico e o cigarro favorece a descamação das células da cavidade oral, reduz a saliva e aumenta a formação da saburra lingual.

Porém uma alimentação adequada aliada a outros tratamentos são eficazes na diminuição dos casos e na melhora do quadro.

Dicas nutricionais:

● Evite o consumo de gorduras (carnes gordurosas, pele de frango, margarina, queijos amarelos, creme de leite), elas apresentam digestão mais lenta e o alto consumo, principalmente das gorduras saturadas e trans, propicia a disbiose intestinal;

● Procure se alimentar de 3 em 3 horas para não ficar períodos grandes em jejum que aumenta a produção de corpos cetônicos que são eliminados através da respiração, possuindo odor de acetona;

● Consuma líquidos como água, sucos, chás (mínimo de 2 litros por dia);

● Estudos mostram que uma alimentação rica em sal também pode aumentar a halitose, portanto reduza o consumo de sal e alimentos industrializados e temperos prontos que contém quantidades grandes de sódio;

● Alguns casos de halitose podem se desencadear a partir de uma deficiência de zinco, por isso é interessante a ingestão de carnes (magras), oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas), peixes, feijões;

● Insira na alimentação ervas como salsa e hortelã, que são responsáveis por adoçar o hálito e auxiliar na digestão.

Texto elaborado por: Patrícia Bertolucci

Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás – UFG.

Assessoria a Clubes e Empresas ligadas ao esporte ou com interesse em qualidade de vida.

Responsável pela empresa Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição.

As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.

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