Definida como uma doença crônica a
obesidade é ocasionada por diversos fatores no qual se caracteriza
principalmente pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. O quadro
dessa doença vem crescendo de maneira desordenada nas últimas décadas. Dados
publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2012 mostraram que
a obesidade acomete 12% da população mundial e é a causa de morte de 2,8
milhões de pessoas por ano.
Essa doença é um agravante a saúde
pública, pois é uma síndrome plurimetabólica, ou seja, a obesidade esta
associada ao aumento do aparecimento de diversas outras doenças tais como:
doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes do tipo 2 e até certos tipos de
cânceres como de mama, cólon, útero e próstata. A incidência dessas doenças é
35% maior em pessoas acima do peso quando comparadas a pessoas com o peso
normal.
Vários fatores são responsáveis para o
desenvolvimento da obesidade, dentre eles podemos citar a alta ingestão
calórica, redução da prática de atividades físicas, fatores genéticos, idade e
até mesmo condições emocionais. Mas o que pouco se sabe é que a as bactérias
presentes no nosso intestino estão intimamente ligadas ao ganho de peso.
Estudos publicados em uma revista de
elevada importância ao panorama científico, Nature, mostraram que o
desnível das bactérias presentes em nossa flora intestinal pode ocasionar
processos inflamatórios, que são estágios precedentes a obesidade.
O desequilíbrio dos microrganismos
presentes no trato gastrointestinal causa a inibição de proteínas responsáveis
pela proteção das paredes intestinais permitindo que as bactérias que habitam
essa região atravessem a parede intestinal e caiam na corrente sanguínea e
estimulem a produção de substâncias inflamatórias que inibem a assimilação da
insulina pelo organismo. Isso gera um bloqueio desse hormônio responsável pelo
transporte da glicose para as células, principalmente as células localizadas na
região abdominal, diminuindo o metabolismo da área e contribuindo para o
aumento de peso corporal e acúmulo de gordura.
Um novo trabalho relacionado à área
publicado recentemente, também mostrou que a composição da flora
intestinal pode ser decisiva no desenvolvimento da obesidade. O estudo relaciona
a Enterobacter cloacae B29 como a responsável pelo aumento de peso.
Essa espécie de bactéria libera uma endotoxina causadora de degradações
metabólicas, como a resistência insulínica.
Esse desequilíbrio pode ser a causa de
muitas pessoas não perderem peso, mesmo consumindo quantidades normais ou
fazendo diversas dietas. É possível que várias das doenças que aflige o mundo
contemporâneo podem ser na verdade ser um desequilíbrio do mundo microbiano que
vive em nosso intestino.
Alimentos que regulam a flora intestinal
Alguns alimentos podem ajudar na regulação dos microrganismos presentes
no nosso sistema gastrointestinal. Esses alimentos são conhecidos por conter
probióticos.
Os probióticos são microrganismos vivos que conferem um benefício para a
saúde do consumidor contribuindo para o equilíbrio da microbiota intestinal.
Essas bactérias benéficas podem ser encontradas geralmente em produtos
lácteos como leites fermentados e iogurtes ou até mesmo na forma de cápsulas.
Mas dê preferência aos alimentos, pois além do benefício proposto pelo
microrganismo probiótico você ainda desfruta de todos os outros nutrientes
presentes, por exemplo, nos iogurtes como as proteínas e o cálcio.
Lembrando, para que um alimento seja considerado probiótico e exercer
esse efeito regulador, o produto deve apresentar uma quantidade mínima viável
desses microrganismos na faixa de 108 e 109 Unidades
Formadoras de Colônia (UFC), esse valor deve ser especificado pelo fabricante e
estar expresso de forma clara no rótulo do produto, por isso basta observar.
O segredo para uma vida saudável está no equilíbrio. Sabendo aliar uma
alimentação saudável a exercícios físicos, as atividades metabólicas de seu
organismo estarão equilibradas garantindo qualidade de vida.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por
atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência Bibliográfica:
Santana, ATMC. Relação entre a obesidade e a
flora intestinal. Grupo de Estudos em Alimentos Funcionais – GEAF, ESALQ/USP.
Disponível em: www.alimentosfuncionais.blogspot.com.br
Acessado em: 29/09/2019.
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