A
depressão tem aumentado de forma progressiva no Brasil e no Mundo, a depressão
é um transtorno mental que produz alterações do humor caracterizadas por uma
tristeza profunda, relacionada com sentimentos de dor, baixa autoestima,
distúrbios do sono e apetite, falta de concentração, além dos sintomas físicos
como dor de cabeça e dor de estômago.
Indivíduos
que passaram por algum trauma ou instabilidade emocional forte, como a perda de
um emprego ou um luto, estão mais propensos a desenvolver a doença. De acordo
com a OMS, as mulheres estão mais suscetíveis a quadros depressivos do que os
homens.
Como a
alimentação saudável pode contribuir no tratamento da depressão?
O
nosso cérebro produz substâncias chamadas de neurotransmissores que controlam
inúmeras funções cerebrais. Um destes neurotransmissores, a serotonina, é capaz
de dar ao cérebro sensação de bem-estar, regulando nosso humor e também dando
sensação de bem estar.
A
depressão é uma doença do sistema nervoso e dever ser tratada através de acompanhamento
com psiquiatra, psicólogo e nutricionista, pois a alimentação também contribui
para que a pessoa se sinta melhor e mais animada.
O
intestino é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, sendo considerado o
nosso segundo cérebro, pois ele exerce influência sobre a absorção de
nutrientes e a produção de hormônios.
Ter
uma flora intestinal saudável é essencial para prevenir e tratar a depressão, pois
as bactérias benéficas que vivem em nosso intestino produzem e armazenam mais
da metade da serotonina disponível no organismo, hormônio que é responsável
pelo bom humor.
Por
isso é importante ter uma flora intestinal saudável e equilibrada para prevenir
e ajudar no controle da depressão e da ansiedade. Algumas das bactérias boas do
intestino estão presentes no iogurte natural e no kefir, e se alimentam
principalmente de fibras, encontradas nos alimentos como aveia, pães integrais
e linhaça, enquanto as bactérias ruins consomem mais carboidratos refinados
(açúcar e farinha branca), por isso devemos substituir os carboidratos simples
(refinados) pelos carboidratos complexos (integrais).
Os
carboidratos complexos ajudam o organismo a absorver o triptofano e estimulam a
produção do neurotransmissor serotonina, que ajuda a reduzir as sensações de
depressão.
Segue
abaixo alguns nutrientes e os alimentos fontes que são essenciais no
tratamento:
Ômega
3: Os principais alimentos fontes de ômega-3 são os peixes como o salmão, a sardinha, o
arenque e o atum. Fora os peixes, podemos encontrar ômega-3, nas sementes de
linhaça, sementes de chia, e nas nozes.
A
suplementação também é uma forma de
ajudar a alcançar às recomendações de ômega-3. Para isso procure a orientação
de um profissional.
Selênio: É um
nutriente que pode contribuir no tratamento da depressão, pois ele ajuda na
produção de serotonina, neurotransmissor capaz de fornecer a sensação de
bem-estar, reduzindo o estresse e regulando o humor. Este nutriente está
presente em maior quantidade na castanha do Pará e nos frutos do mar.
Triptofano: É um
aminoácido essencial precursor de serotonina, os alimentos fontes de triptofano
são: carne, frango, peixe, ovo, leite, queijos, banana, aveia, abacate,
castanha, amendoim, amêndoas, nozes.
Cálcio: leite
e derivados.
Magnésio:
chocolate, castanhas, amêndoas, sementes de abóbora, arroz integral, gérmen de
trigo, aveia, abacate e banana.
Vitaminas
do complexo B: Importante papel na via metabólica envolvida
nos processos de síntese dos neurotransmissores no sistema nervoso central.
Vitamina
B6: gérmen de trigo, banana, leite, feijão, batata inglesa,
lentilha, aveia, abacate e nozes.
Vitamina
B9 (ácido fólico): Folhas de cor verde escuro, leguminosas
(feijão, soja, grão de bico, ervilha), gérmen de trigo, aspargos, laranja e
abacate.
Vitamina
B12 (Cianocobalamina): Carne vermelha, carne de porco, peixes,
ostra, gema de ovo, leite e derivados.
Vitamina
C: acerola, goiaba, abacaxi, laranja, limão, tangerina,
amora, framboesa.
Fibras:
frutas, vegetais e sementes como chia, linhaça e gergelim.
Vitamina
D: salmão, atum, sardinha e cavala, gema de ovo, óleo de
fígado de bacalhau e suplementos.
Alimentos
que devem ser evitados na depressão
Além
de aumentar o consumo de alimentos que estimulam a produção dos hormônios do
bem estar, também é importante evitar alimentos que aumentam as oscilações de
humor, como bebidas alcoólicas, fast food, refrigerantes e alimentos ricos em
gorduras e açúcares, como frituras, açúcar e doces.
Esses
alimentos provocam alterações nos níveis de açúcar no sangue, levando a
mudanças na produção de hormônios e ao aumento do peso, fatores que aumentam as
chances de ter e de piorar a depressão.
As
gorduras saturadas e as gorduras trans estão presentes nos alimentos de origem
animal como carne vermelha, pele do frango, leite integral, queijos amarelos.
Podem
estar presentes também em produtos ultraprocessados como hambúrguer, nuggets,
biscoitos recheados, macarrão instantâneo, ou embutidos.
O
açúcar também deve ser evitado, pois costuma causar alterações de humor. Picos
de felicidade e tristeza, e ansiedade. Com isso as pessoas acabam entrando em
um ciclo vicioso.
Cuidar
da alimentação, priorizando o consumo de frutas, verduras, legumes, cereais
integrais, além de fontes de gorduras boas, como: abacate, azeite extra virgem,
oleaginosas (amêndoa, castanhas e nozes), proteínas e carboidratos complexos.
Para
um sucesso no tratamento o ideal é aliar alimentação saudável, uma prática
regular de atividade física, pois a sensação de bem-estar trazida pela atividade
física pode ser benéfica para reduzir os sintomas da depressão. Além disso, é
importante lembrar que a depressão é uma doença séria e que o apoio da família
é fundamental para a superação deste problema. Fazer o tratamento adequado sem
desistir dos cuidados é essencial para a cura da depressão e lembre-se cada
organismo reage de uma maneira ao tratamento, por isso é preciso respeitar a
resposta individual de cada organismo.
Texto
elaborado por: Dra.
Vanessa Vichi Girotto Corrêa – CRN3. 18387
*Nutricionista
Graduada pela Universidade de Sorocaba.
*Pós
Graduada na Universidade Gama Filho: Alimentos Funcionais e Nutrigenômica:
Implicações Práticas na Nutrição Clínica e Esportiva.
*Presidente
do COMSEA (Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de
Piedade-SP).
*Atuação
como Nutricionista na Santa Casa de Misericórdia de Piedade e no Lar São
Vicente de Paulo de Piedade.
*Nutricionista
da Equipe de Atletismo de Piedade.
*Atendimento
em Consultório e Home Care.
*Colunista
do Jornal Terra, da Revista Outdoor Regional e da Revista Galeria Vip.
As informações contidas neste blog,
não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área
de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e
sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências
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between food patterns and life satisfaction among Norway inhabitants ages 65
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