A busca pelo corpo em forma é cada vez maior e manter o
peso ideal é o correto não apenas por estética, mas por saúde também. Porém, tratando-se
de saúde é preciso saber que não é qualquer dieta que pode ser realizada por
todo mundo. Ao observar que cada corpo tem uma reação diferente para cada
estímulo que lhe é oferecido. A dieta pode ser boa para alguns, mas pode ser
muito ruim para outros. Cada organismo tem uma necessidade específica e reage
de uma forma diferente aos estímulos. As dietas devem ser feitas com base no
processo de reeducação alimentar, de resgatar o processo de comer quando se tem
fome e parar de ingerir alimentos quando se está satisfeito. É preciso
levar em consideração o estilo de vida da pessoa, idade, gênero, preferências,
em geral. Os resultados de um regime mal feito podem ser vistos pelo peso que a
pessoa recupera e, às vezes, até aumentado após um tempo. Também deve se
observar que em alguns casos, a dieta pode gerar transtornos alimentares e
deficiência nutricional.
Se o paciente passa por um tratamento medicamentoso e pouco
cuida da dieta, é comum ele ganhar peso após o termino do tratamento. Outra
condição são os pacientes que emagrecem com dietas muito restritivas,
Impraticáveis ao longo da vida. Ao parar elas voltam ao peso perdido e
geralmente ganham um pouco mais. Por outro lado, se esses pacientes passam por
um processo de educação alimentar, no qual é explicado o papel de cada
nutriente, deixando claras as sensações de fome, saciedade e a interferência da
sua emoção no seu hábito alimentar, há poucas chances de que ele retorne ao
peso inicial, além disso, o emagrecimento ocorrerá de forma mais saudável e
menos agressiva.
As mudanças no hábito alimentar, com o objetivo de reduzir
peso, devem focar no alimento consumido. As metas devem focar o hábito
alimentar e não a redução de peso. A meta da semana deve ser: cozinhar
2x/semana no jantar e tomar mais água. Assim, a atenção não fica na balança.
Normalmente o foco na balança é o que oprime e aumenta a ansiedade, fatores
negativos para o controle alimentar.
Muitas das pessoas que focam somente em “perder” peso não
têm uma mudança no hábito alimentar e nem no estilo de vida. Por isso, recorrem
a dietas milagrosas ou da moda, passando por restrições severas de alimentos e
se habituam nesse ciclo vicioso, na privação e na compulsão. No entanto, em
determinado tempo, vão acabar perdendo o controle de vez e recuperar todo o
peso “perdido”. Primeiramente, é preciso esquecer a história de que dieta é
igual para todo mundo ou que, para emagrecer, é preciso deixar de comer tudo
que se gosta. Há ainda quem diga que se o alimento for gostoso vai engordar
você ou dieta que emagrece é aquela em que você passa fome. A dieta não deve
estar associada a sacrifício, pois, se estiver, ela estará fardada ao fracasso.
A dieta deve ser compatível com o estilo de vida de cada pessoa (horários,
preferências alimentares ou condição sócio econômica). Caso contrário ela será
difícil de ser praticada. Lembre-se: você está cuidando do seu hábito alimentar
para comer melhor. Então não há “sair” e “entrar” na dieta. Todo alimento é
bom, vai depender da quantidade e frequência consumida.
O certo é não planejar dietas restritivas. É preciso
organizar horários, cozinhar (quando se gosta), resgatar o prazer de comer sem
culpa. Retirar da cabeça do paciente a lista de alimentos “bons” e “ruins” e
salientar o quanto a quantidade é importante. E que deve ser organizado um
diário alimentar, para anotar os alimentos consumidos e as emoções envolvidas
na ocasião. Nem sempre o peso desejado é adequado ou possível de alcançar, mas
é possível chegar a um patamar saudável. Por isso, é importante diminuir
as expectativas em relação à redução de peso.
Texto
elaborado pela Profª Dra. Patrícia Cruz
Mestre em
Ciências da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
(USP)
Membro do
do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e
Síndrome Metabólica (ABESO).
Especialista
sobre nutrição e transtornos alimentares, adulto e infantil
Personal
Diet e é palestrante em cursos de pós-graduação.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas por
atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
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