O cálcio é um mineral essencial para a
vida e muito importante para nós por ser o responsável pela formação dos ossos
e dentes e participar de várias reações no corpo, ligadas à transmissão nervosa
e regulação de batimentos cardíacos, contração muscular e coagulação sanguínea,
desempenhando um papel fundamental na regulação do metabolismo.
Está presente no leite e seus
derivados, nos peixes como a sardinha, atum e o salmão (principalmente quando
consumidos com as espinhas), mariscos, tofu (queijo de soja), leguminosas
(lentilha, ervilha, soja, etc.), semente de gergelim, nozes e vegetais verde
escuros como a couve, brócolis, espinafre, quiabo, agrião, repolho, folhas de
nabo e mostarda. No entanto, para que o cálcio penetre no sistema circulatório,
precisa da ajuda da vitamina D.
Além de contribuir para a manutenção
da estrutura óssea, o cálcio pode modular a tendência a ganho de peso presente
em mulheres pós-menopausa, regular níveis de estrogênio no organismo feminino
diretamente ligado a variações hormonais (TPM.), importante para o bom
funcionamento do organismo da gestante e papel de peso na produção de
leite materno.
Dos 30 até os 45 anos, a mulher perde
em torno de 1% a 3% de osso ao ano. Por volta dos 45, 50 anos, essa perda
aumenta para em torno de 5% a 7%. Tem-se observado um deficiente consumo
deste mineral pelas mulheres, o que tem ocasionado algumas
preocupações dentre profissionais da área da saúde. Pesquisas constatam
que o consumo diário é quase três vezes menor do que o recomendado.
Cálcio e osteoporose
A osteoporose é a diminuição da massa
óssea, na qual, a rigidez do osso não pode ser mantida deixando os ossos
porosos e sujeito a fraturas com esforços mínimos, sendo que as mulheres são as
principais vítimas desse problema, especialmente, mulheres pós-menopausa e
idosas. Na menopausa os ovários deixam de produzir estrógeno, o hormônio
feminino importante para a produção de cálcio, assim, todas as mulheres tem
perda de massa óssea em decorrência da queda dos níveis de estrógeno.
Mulheres que deixaram de menstruar por um longo tempo, por razões diferentes de
gravidez, podem ter os ossos debilitados, devido à deficiência de estrógeno
durante aquele período.
Há mulheres que estão mais
sujeitas a desenvolver osteoporose, por exemplo, as que já têm casos na
família, as que fumam, magras em excesso, que ingerem muito álcool e pouco cálcio.
A perda óssea ainda pode ser acelerada pela ingestão de anticonvulsivantes,
anticoagulantes e esteroides. Baixo peso também é considerado um fator de risco
para a osteoporose. Isso acontece porque mulheres com excesso de peso conseguem
absorver melhor o cálcio no intestino. Além disso, por carregarem mais peso
sobre o esqueleto e terem maior massa muscular.
Cálcio e obesidade
A baixa ingestão de cálcio interfere
no nível deste mineral no interior dos adipócitos, favorecendo as vias
metabólicas envolvidas no acúmulo de ácidos graxos destas células. Uma dieta
rica em cálcio aumenta a lipólise e inibe a lipogênese, o que, em termos
práticos, se traduz por uma perda de peso; em contrapartida, a falta de cálcio
no organismo promove a adiposidade e aumenta as probabilidades de se ser obeso.
O excesso de peso mostra-se cada vez menos presente à medida que a ingestão de
cálcio está mais próxima dos patamares recomendados. As proteínas do leite
constituem um conjunto de substâncias bioativas que podem atuar em conjunto com
o mineral no metabolismo das gorduras.
Cálcio na TPM e câncer
Uma dieta rica em cálcio e vitamina D
pode contribuir para diminuição da Tensão Pré-Menstrual. Estudos revelam
que mulheres que não relatavam agressividade e irritação antes de ficarem
menstruadas adotavam um cardápio diário rico em cálcio e vitamina D, e ainda,
incluir grande quantidade de laticínios ricos em cálcio na dieta pode diminuir
o risco de câncer de ovário. A ingestão mais elevada de cálcio e de lactose -
principal forma de açúcar contido nos laticínios - também pareceu reduzir o
risco de tumor de ovário. A lactose pode aumentar a absorção de cálcio e
promover o crescimento de bactérias que mantêm o controle de compostos que
provocam o câncer. Supõe-se que uma ingestão aumentada de cálcio poderia
prevenir as alterações no humor antes e após o período menstrual. Assim, um
copo de leite magro extra ou uma xícara de couve por dia parecem ajudar na cura
ou prevenção destas alterações de humor.
Cálcio e gravidez
Na gravidez, a suplementação de cálcio
representa benefício para as mulheres, principalmente aquelas com alto risco de
pressão alta e pré-eclâmpsia e nas comunidades com baixa ingestão de Cálcio.
Para o bebê, esta carência pode prejudicar seu desenvolvimento ósseo, dentário
e muscular.
Como e quanto
consumir
Esses valores variam conforme a faixa
etária, estágio de crescimento, gravidez e menopausa. Não basta ingerir o
nutriente, é preciso garantir sua absorção pelo organismo com alimentos
coadjuvantes. Excesso de sal, cafeína e proteínas aumentam a eliminação de
cálcio na urina. Vegetais verde-escuros, folhosos, incluindo o brócolis, a
couve, a mostarda e o espinafre, são boas fontes de cálcio, mas o seu teor não
é totalmente absorvido (cerca de 5%). As fibras também podem diminuir a
absorção e a retenção de cálcio. Existem alguns nutrientes que competem com o
cálcio, como o fósforo que é um mineral utilizado pelos ossos para torná-los
duros, devendo ser consumidos em igual quantidade, pois se houver uma absorção
maior de fósforo, menor será a de cálcio. O ideal é moderar o consumo destes
itens, mas se a pessoa não consegue, ela deve, também, consumir mais cálcio,
diariamente. De acordo com as referências internacionais, a ingestão de cálcio
para mulheres varia de 1000mg a 1300mg por dia, o que representaria em media 3
a 4 porções de leite e seus derivados.
As informações contidas
neste blog, não devem ser substituídas por atendimento presencial aos
profissionais da área de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos,
educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e exclusivamente, para seu
conhecimento.
Referência
Bibliográfica:
O cálcio e a saúde da
mulher. Sociedade Brasileira de Nutrição em Estética. Disponível em: www.sbne.org.br
Acessado em: 06/03/2016.
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