A
doença renal crônica é a perda progressiva da função dos dois rins. Quando os
rins falham e a capacidade de funcionar cai abaixo de determinado nível, o que
chamamos de insuficiência renal, as impurezas não são retiradas do sangue e
afetam os órgãos do nosso corpo, como o coração, pulmões, músculos, estômago e
cérebro. Isso pode se tornar uma ameaça à vida da pessoa e requer atenção
urgente. Atualmente não existe cura para doença renal crônica. Os tratamentos
atuais são as diálises (filtragem do sangue por outros meios) ou o transplante
(que depende de um doador compatível), e devolvem parte da qualidade de vida do
paciente.
No
começo, a Doença Renal Crônica não tem sintomas. A pessoa pode perder 90% da
função renal sem perceber. Por isso a prevenção e a detecção precoce são
essenciais, pois permitem controlar o avanço da doença e a necessidade de
tratamentos mais complexos. Exames de urina e de sangue podem detectar o início
da doença.
Hipertensão
arterial (pressão alta) e diabetes são as causas mais comuns de doença renal
crônica. Pode afetar pessoas de todas as idades e raças. O risco é maior para
pessoas mais velhas, pessoas que sofrem de diabetes e/ou pressão alta, tem
pessoa na família com doença renal crônica ou seja de origem africana,
hispânica, oriental ou aborígene. Se a pessoa está no grupo de risco deve
obrigatoriamente consultar um nefrologista periodicamente.
Doença
Renal Crônica na Infância
A
doença renal crônica em crianças é relativamente rara, porém quando ocorre,
traz consequências devastadoras para as crianças acometidas e o tratamento
dessa condição de alta complexidade é difícil, caro e trabalhoso.
Particularmente em crianças, a doença renal crônica está associada a
consequências graves para o crescimento e desenvolvimento dos pacientes e
representa redução significativa na esperança de vida ao nascer.
Existem
evidências científicas de que a progressão da doença renal pode ser retardada,
desde que o diagnóstico seja feito a tempo de permitir a adoção de medidas
terapêuticas apropriadas. Essa ação, se adotada plenamente em nosso meio,
poderia lograr redução nas consequências da doença renal crônica nas crianças,
adolescentes e mesmo em adultos.
A
doença renal crônica na infância é diferente dos adultos, sendo as anomalias
congênitas e as doenças hereditárias os diagnósticos mais frequentes, enquanto
glomerulopatias e doença renal por diabetes incomuns em crianças. Além disso,
muitas crianças com lesão renal aguda acabarão por desenvolver sequelas que podem
levar à hipertensão e doença renal crônica na infância ou mais tarde na vida
adulta.
Como
Prevenir a Doença Renal Crônica
1)
Mantenha-se
em forma e pratique atividade física regularmente;
2)
Controle
o nível de açúcar no sangue (glicemia) para evitar o diabetes;
3)
Monitore
a pressão arterial;
4)
Mantenha
sua alimentação saudável e evite o sobrepeso;
5)
Mantenha-se
hidratado, tomando líquidos não alcoólicos;
6)
Não
fume;
7)
Não
tome remédios sem orientação médica;
8)
Consulte
um médico regularmente para verificar a situação dos seus rins.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizada única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Dia
Mundial do Rim 2016. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Disponível em: www.sbn.org.br Acessado em: 07/03/2016.
Cuppari L et al. Doenças renais. In: Cuppari L. Guias de medicina
ambulatorial e hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina -nutrição
clínica no adulto. 1a ed. São Paulo: Manole. 2002. p. 167-199.
Martins, BT; Basílio, MC; Silva, MA. Nutrição aplicada e
alimentação saudável. 1. ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014.
Martins, C; Cuppari, L; Avesani, C; Gusmão, MG. Terapia
Nutricional para Pacientes em Hemodiálise Crônica. Projeto Diretrizes. Associação
Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2011.
Martone,
AP; Coutinho, V; Liberali, R. Avaliação do estado nutricional de pacientes
renais crônicos em hemodiálise do Instituto de Hipertensão Arterial e Doenças
Renais de Campo Grande-MS. Rev Bras Nutr Clin 2012; v.27, n.1, p: 9-16.
Perguntas
e Respostas sobre Nutrição em Diálise. Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Disponível em: www.sbn.org.br Acessado em:
07/03/2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário