O
alho e a cebola são plantas aromáticas que há milênios tem conhecidas suas
propriedades terapêuticas. A substância bioativa desses temperos são os
sulfetos alílicos, que trazem benefícios à saúde, como redução do risco de
doenças cardiovasculares e o estímulo da produção de enzimas protetoras contra
o câncer gástrico.
O
alho é composto por cerca de 30 compostos organossulfurosos (contém enxofre –
que são responsáveis pela pungência, odor e sabor característicos), mas
acredita-se que existam muito mais.
Outros
compostos também encontrados no alho são: pectinas, prostaglandinas, frutano,
adenosina, vitaminas B1, B2, B6, C e E, biotina, ácido nicotínico, ácidos
graxos, glicolipídios, fosfolipídios e aminoácidos essenciais além de potássio,
cálcio, fósforo, cobre, zinco, ferro e selênio; todas essas substâncias,
juntamente com seus compostos organossulfurosos, potencializam sua ação
biológica e medicinal. Portanto, esse alimento tem atividade contra inúmeras doenças
e na manutenção da saúde, sendo estas:
●
Atividade antimicrobiana (contra bactérias, fungos, leveduras, parasitas e
infecções virais);
●
Atividade antioxidante (auxilia no arraste dos radicais livres – diminuindo o
risco de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC), evita a
oxidação do LDL-colesterol (colesterol ruim);
●
Atividade anticancerígena (seus compostos atravessam a membrana celular e
ligam-se ao cromossomo danificado reparando-o; inibe também a proliferação e a
divisão de células cancerígenas);
●
Atividade antienvelhecimento (auxilia na longevidade dos neurônios e nas
funções cognitivas (aprendizagem, comportamento e memória), auxilia no
tratamento de doenças degenerativas como Alzheimer e demência);
●
Atividade anti-hipertensiva (através do relaxamento do músculo liso e de uma
vasodilatação dos vasos sanguíneos, fazendo com que o sangue flua melhor);
●
Atividade anti-hiperglicemiante (contra o diabetes – estimula a produção e a
secreção de insulina);
●
Atividade antiaterogênica e anticoagulante (impede a agregação plaquetária;
previne trombos);
●
Atividade antiosteoporogênica (atua contra a osteoporose revertendo a
diminuição da densidade óssea);
●
Atividade antiestresse e antifadiga.
A
dose diária recomendada de alho pela Food and Drug Administration (FDA – órgão
governamental dos Estados Unidos que controla os alimentos e medicamentos) é de
600-900mg/dia, o que corresponde a dois dentes médios.
Uma
dica muito importante é picar o alho algumas horas antes de seu consumo, pois
seus compostos são liberados a partir de sua maceração, mastigação ou qualquer
outro tipo de ruptura, apresentando-se em maiores quantidades com o passar das
horas.
Outro
ponto importante é que seus compostos bioativos são perdidos em altas
temperaturas, sendo melhor aproveitados em saladas.
Não
exagere na quantidade diária, pois tudo em excesso faz mal, até o que é
saudável. O ideal é procurar um profissional da área para auxiliá-lo numa dieta
adequada.
As informações contidas neste blog, não devem ser substituídas
por atendimento presencial aos profissionais da área de saúde, como médicos,
nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e sim, utilizadas única e
exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Cardoso,
GA. A atuação do alho no nosso organismo. Grupo de Estudos em Alimentos
Funcionais – GEAF, ESALQ/USP. Disponível
em: www.grupoalimentosfuncionais.blogspot.com.br
Iciek, M.; Kwiecien, I.; Wlodek, L. Biological
properties of garlic and Garlic-derived organosulfur compounds. Environmental
and Molecular Mutagenesis; 50: 247-265, 2009.
Liu, c. t.; Sheen, l. y.; Lii, c. k. Does garlic have a role as an antidiabetic agent? Mol. Nutr. Food Res.; 51: 1353-1364, 2007.
Rahman, m. s. Allicin and other functional active components in garlic: health benefits and bioavailability international. Journal of Food Properties; 10: 245-268, 2007.
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