Segundo
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pacientes com condições crônicas
pré-existentes, como diabetes e hipertensão, apresentaram versões mais graves
da doença causada pelo novo Coronavírus, a COVID-19. Isso significa dizer que a
infecção se desenvolveu rapidamente para a síndrome do desconforto respiratório
agudo, insuficiência respiratória aguda e outras complicações.
Sabendo
que a obesidade anda de mãos dadas com essas doenças crônicas, a preocupação
para que ocorra o controle adequado da pressão arterial e dos níveis glicêmicos
tende ser ainda maior, além dos cuidados individuais e coletivos como medidas
de proteção para assim evitar a COVID-19 e suas complicações.
O
boletim do Ministério da Saúde sobre a disseminação do COVID-19 no Brasil,
divulgado no início de abril, apontou uma nova tendência relacionada às mortes
por Coronavírus: a obesidade estava mais presente nos óbitos de jovens que os
de idosos.
Das 1.124 mortes registradas até aquela data, 944
tinham sido analisadas e catalogadas pelo Ministério da Saúde. Dessas, 75% são
de pessoas com mais de 65 anos. Dentre os 43 casos de pessoas obesas morreram
em decorrência do novo Coronavírus, 24 pacientes tinham menos de 60 anos.
Mas muito antes do surgimento da pandemia, a
obesidade já vinha sendo uma preocupação no país. Segundo a Pesquisa de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico
(Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde, a prevalência da obesidade voltou a
crescer no Brasil, principalmente entre os adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44
anos, com 84,2% e 81,1%, respectivamente.
Quem é
considerado obeso?
No caso da obesidade, o critério utilizado para
avaliar e classificar o estado nutricional de uma pessoa é o Índice de Massa Corporal
(IMC), de acordo com as recomendações da OMS. Esse índice é estimado entre a
relação peso e altura. Sendo assim, a fórmula para o cálculo do IMC é: peso (em
kg) dividido pela altura² (em metros).
Ainda dentro desses parâmetros, uma pessoa é classificada
com excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 kg/m² e classificada
com obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30 kg/m². Vale lembrar também
que a doença possui três estágios: a obesidade de grau 1 (IMC>30 kg/m² e
IMC<35 kg/m²), a obesidade de grau 2 (IMC>35 kg/m² e IMC<40 kg/m²) e o
estágio mais grave, que é a obesidade de grau 3 (IMC>40).
Medidas
de Cuidado e Prevenção
Mais uma vez, o cuidado com a alimentação adequada
e saudável se faz necessária, principalmente no contexto das pessoas que
convivem com as doenças crônicas. Evitar alimentos ultraprocessados ajuda tanto
a prevenir a hipertensão, diabetes e obesidade, quanto a atenuar os casos já
existentes.
Apesar
das limitações de espaço, também é tempo de improvisar e colocar a criatividade
em ação para que seu corpo não fique parado. A atividade física regular é uma
excelente aliada da sua saúde, principalmente para quem também sofre com essas
doenças. Invista em atividades que podem ser feitas no dia a dia, como subir
escadas e realizar tarefas domésticas. Evite também o comportamento sedentário,
principalmente durante o período de home office.
Mas
além dessa dupla imbatível, as pessoas que já convivem com as doenças crônicas
precisam estar atentas a algumas medidas de proteção. É essencial que elas
tenham suas vacinas em dia, principalmente contra gripe e pneumonia, pois evita
o surgimento de infecções secundárias.
Assim
como ocorre com os idosos, os pacientes crônicos devem evitar sair de casa. Se
o serviço de saúde dispuser de canais de comunicação à distância, como
telefone, mensagem, e-mail, as pessoas com fator de risco devem ser as
primeiras a se beneficiar dessas ferramentas e evitar ir à unidade de saúde
desnecessariamente.
Neste
sentido, vale lembrar que a telemedicina foi aprovada para o período de
emergência em saúde pública decorrente de COVID-19 pela Portaria n°467, de 20
de março de 2020, e é um importante recurso para a manutenção da atenção a
doentes crônicos.
As informações contidas neste blog,
não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área
de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e
sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referências Bibliográficas:
Por que a obesidade é um fator de risco para
pessoas com coronavírus? Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br Acessado
em: 11/05/2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário